domingo, 4 de março de 2012

Strikeforce: a divisão feminina e ARMBAR!

O Strikeforce: Tate vs Rousey provou uma coisa nesse fim de semana: a divisão feminina do evento é muito melhor que a divisão masculina. E eu não estou exagerando. As quatro mulheres que lutaram nesse último evento deram um verdadeiro show de artes marciais. E um grito prevaleceu no final: ARMBAR!

O evento teve lutas mornas, algumas melhores de assistir como Kazuo Misaki pressionando Paul Daley o tempo todo, mesmo com um corte absurdo aberto na testa. Uma vitória clara do japonês sobre o inglês, mesmo com o resultado surpreendente dos juízes. Um deles viu a vitória de Daley, algo que não chegou nem perto de acontecer, mas no fim o braço de Misaki foi erguido. Scott Smith e Lumumba Sayers fizeram uma luta rápida, mas empolgante. Sayers conseguiu aplicar um slam sensacional, mas caiu na guilhotina de Smith. Rapidamente Sayers inverteu a posição e ele quem aplicava a guilhotina agora. Uma bela vitória por submissão. Ronaldo Jacaré também fez um bom combate, mas a luta só veio de sua parte, não do adversário.

Sem contar essas menções honrosas, os outros homens do card fizeram lutas sem nenhuma empolgação. Quem realmente deu um show foram as mulheres, não apenas na emoção do combate como também na técnica. As canadenses Sarah Kaufman e Alexis Davis fizeram um combate memorável no card preliminar.

Alexis Davis vs Sarah Kaufman

Não teve enrolação.  combate começou intenso, com a trocação franca entre as duas, mas Sarah levava a melhor claramente devido a sua força. Alexis não viu alternativa a não ser puxar para o clinch, mas quem levou para as grades foi Sarah. Depois disso, Kaufman continuou dominando a trocação, até abrir um corte monstruoso no supercílio da adversária. Os médicos entraram na jaula a pedido do juiz, examinaram Alexis Davis e a consideraram apta a continuar. E como ela continuou. Alexis mostrou um coração e uma garra incríveis, lutando bravamente contra Kaufman pelo resto dos rounds. Mas chega de enrolação, que tal você ver o combate?



Sarah Kaufman e Alexis Davis fizeram uma luta espetacular, talvez a melhor da noite. As duas estão de parabéns, mas infelizmente somente uma pode vencer. Pelo show que deram, as duas emreciam a vitória. Um empate seria o mais justo. Com a vitória, Sarah Kaufman se credenciou como próxima desafiante do cinturão feminino do peso galo.

Miesha Tate e Ronda Rousey na pesagem. Eu apanharia feliz de qualquer uma das duas. Ou das duas juntas.

A luta principal da noite prometeu ser quente. Miesha Tate, que vinha de uma performance sensacional contra Marloes Coenen, quando ganhou o cinturão feminino do peso galo, vinha provocando Ronda Rousey a dias, afirmando que uma lutadora com apenas quatro combates em sua carreira, não merecia uma chance pelo cinturão. Ronda por sua vez, garantia que pegaria o braço de Miesha para a sua coleção. O clima ficou tenso entre as duas, até mesmo na pesagem. Confira:



Todos concordavam que mesmo sendo excelente no chão, Miesha Tate deveria usar a sua experiência no MMA para manter o combate em pé. Ronda Rousey claramente faria um jogo de grappling, afinal o que uma mulher que foi medalha de bronze no judô nas Olimpíadas de Pequim, prata no mundial, ouro nos Jogos Pan Americanos e com dois ouros e uma prata em pan americanos de judô, faria? Era evidente que Ronda queria lutar no chão. Então, veja o combate entre as duas:



Como descrever esse combate? Incrível? Sensacional? Espetacular? Bom, eu fiquei arrepiado ao final da luta. Ronda Rousey e Miesha Tate deram um show. Miesha foi uma lutadora muito corajosa, resistindo a primeira tentativa de submissão de Ronda com bravura e lutando na base da raça. Na segunda tentaiva, ela aguentou o quanto pode, mas ninguém é de aço. Já Ronda deu uma incrível demonstração de sua técnica. A medalista olímpica de judô foi impecável, não somente em seu combate mais duro da carreira, como em todas as suas lutas no MMA. Em todas as suas cinco vitórias no MMA profissional, Ronda Rousey venceu por submissão ainda no primeiro round. E todas elas com um armbar (chave de braço). Isso aconteceu também nas suas três lutas de MMA amadoras, em que os atletas usam mais proteção no corpo. Ronda Rousey pode ser considerada a rainha do armbar.

Ronda Rousey, a nova campeã feminina dos pesos galo.
Ronda mostrou que mesmo que tenha pouca experiência no MMA, ela é uma lutadora a ser temida devido a sua técnica, força e foco no combate. Ela teve todos os méritos em sua vitória, que não foi só dela, mas de todo o MMA feminino. Alexis Davis, Miesha Tate, Ronda Rousey e Sarah Kaufman deram um show ontem e mostraram que o MMA feminino não deve em nada para o masculino, seja em técnica ou empolgação. E isso também mostra uma boa saída para o Strikeforce, que conta com poucos lutadores em condições de fazer grandes combates no momento. Agora mesmo, tudo repousa sobre os ombros de Josh Barnett e Daniel Cormier na final do GP dos pesos pesados. Pelo menos eu acho que o Strikeforce teria força suficiente de ser um grande evento de MMA feminino, já que Dana White parece não gostar de mulheres no UFC. Ultimamente, as melhores lutas do evento tem sido as femininas, então não seria nenhuma perda para o evento em abraçar a idéia, já que seus lutadores não estão em muitas condições de dar combates empolgantes para o público, apenas as meninas.

E o que você acha? O Strikeforce deveria virar um evento feminino? Deixe a sua opinião nos comentários.

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2 comentários:

  1. Pow ia ser show de bola se o Strikeforce desse essa forcinha ai pras meninas, eu acho que ele não chega a ficar um evento so feminino mas que pelo menos as lutas principais fossem das mulheres ne isso ai ja ia ser de grande ajuda a incentivar o trabalho delas e sem contar que as lutas são muito legais

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  2. Cara, foi lindo de ve as mina se pegando no cage

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