terça-feira, 28 de agosto de 2012

Lições a serem aprendidas com o UFC 151

Agora o UFC 151 foi pulado e virou 152. 
O UFC 151 foi um dos maiores fracassos da história recente do MMA. Nunca o UFC havia cancelado um evento, mas devidos uma série de problemas, principalmente com o campeão dos meio-pesados, que recusou uma luta na última hora, depois da lesão do adversário. Entretanto, a culpa não somente de Jon Jones e correndo o risco de me contradizer pelo que disse no post anterior, o UFC tem uma grande parcela de culpa nesse fiasco. Mas isso pode trazer bons frutos e evitar que estupidezas como essa aconteçam no futuro. Continue Lendo e veja as principais lições aprendidas com o UFC 151:


Jake Ellenberger e Jay Hieron
Cards mais fortes: O card do UFC 151 foi fraquíssimo. Tirando a luta principal entre Jon Jones e Dan Henderson, não havia nenhuma luta com lutadores de destaque. Havia sim lutadores bons, mas não eram nem de longe os mais populares. Para se ter ideia, a segunda luta principal do evento era entre Jake Ellenberger e Jay Hiron, que haviam se enfrentado em 2006, em outra promoção de MMA com vitória de Hieron. Os dois são bons lutadores, mas nenhum possui uma grande base de fãs, por isso não são muito populares. Eles são lutadores que não vendem PPV e ingressos. E o card continua assim, com lutadores bons, mas pouco conhecidos. Resumindo: o UFC 151 dependia exclusivamente da luta principal de Jon Jones e Dan Henderson. Isso fica de lição para eventos futuros, para que mais lutadores conhecidos integrem o card, com a possibilidade de assumir a luta principal caso aconteça algum imprevisto, como já aconteceu outras vezes.


A última luta de Alexander Gustafsson foi em abril, contra Thiago Silva.
Bons lutadores na reserva: Dan Henderson se lesionou e não havia nenhum meio pesado disposto a assumir o seu lugar, somente Sonnen, que não tinha nada a perder. Os dois principais candidatos eram Lyoto Machida e Mauricio Shogun. Machida era o próximo adversário de qualquer maneira, então o UFC resolveu adiantar a sua chance ao cinturão e é claro que Lyoto recusou e com razão. O paraense ganhou a chance pelo cinturão e não pode desperdiçá-la lutando despreparado, porque pode ser a última chance que terá. O mesmo vale para Shogun, que também não aceitou depois da recusa de Lyoto, com mais razão ainda, pois levaria outra surra de Jones, considerando sua última apresentação, que foi lastimável. Já Vitor Belfort, assim como Sonnen antes dele, não tem nada a perder. Se Vitor ganhar, ele se torna o campeão e leva uma bolada pra casa. Caso ele perca, ele vai ter perdido para o campeão de uma categoria acima da dele, que vem dominando todos os adversário e leva uma bolada pra casa. De qualquer maneira, ganhando ou perdendo, Vitor Belfort sai como vencedor.

É evidente que o UFC precisa fazer algo na categoria dos meio pesados, porque não há muitos adversários para Jon Jones. Precisar puxar atletas da categoria de baixo não é um bom negócio. Não há notícias se Alexander Gustafsson foi contactado e recusou a luta ou se simplesmente foi deixado de lado, mas eu o via como o principal substituto para Henderson, já que ele vem de uma série de cinco vitórias, apenas uma delas indo para a decisão, sem contar que sua última luta foi em abril. O UFC precisa colocar os possíveis adversários aos cinturões de todas as categorias, lutando em datas parecidas aos campeões das mesmas. Dessa maneira, caso o desafiante sofra uma lesão, haverá lutadores que já vem treinando e aptos a substituí-lo. É uma questão muito simples de resolver, basta organizar as datas das lutas de maneira correta.

A última luta de Dan Henderson foi contra Shogun em novembro do ano passado.
Diminuir o tempo entre as lutas: Faz algum tempo que o UFC vem sofrendo com lesões. Não adianta nada Dana White dizer que os lutadores maneirem nos treinos, porque o MMA é um esporte de altíssimo nível e os treinos precisam ser pesados para os lutadores estarem no patamar de um evento como o UFC. Então chega a ser ridículo o pedido do presidente do evento, para que os lutares façam um treino mais suave. O problema dessas lesões, é que quanto mais tempo você passa treinando, mais chances de sofrer lesões você terá. Hoje existem lutadores que estão fazendo lutas a cada seis, sete, oito meses ou até um ano. É dar chance ao azar. Uma preparação para uma luta dura em média três meses, então basta fazer lutas a cada quatro meses para diminuir o risco de lesão. Isso também diminui o tempo de descanso do atleta, mas é mais proveitoso um atleta treinando sempre e lutando regularmente, do que lutar raramente e correndo mais riscos de lesões em treinamentos longos. Mas nisso temos que ser mais flexíveis, pois cada atleta sabe como se preparar melhor. Ou não.

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2 comentários:

  1. Bronco,

    Na questão de card mais fortes, depois de um certo tempo fazendo isso o Dana aparentava ter aprendido montar um card, mas o 151 realmente foi um grande erro.

    A idéia de colocar lutadores possíveis aos cinturões das categorias lutando em datas próximas acredito que seria uma boa ferramenta pra evitar que aconteça o mesmo problema mais vezes.

    Se me permite, apenas discordo da questão de diminuir o tempo das lutas, é claro e obvio que como fã adoraria ver os melhores do MMA lutando 3-4x no ano, mas analisando pela parte comercial do UFC não creio que daria certo, vou pegar o AS de exemplo, ele lutando 1 ou 2x ao ano gera uma expectativa, todos querem ver ele lutar, na parte do marketing em 6 meses da pra se fazer muitas ações, se populariza ainda mais a marca, enfim, as vendas no ppw vão la no alto...
    Acredito que se o AS lutasse 3-4x ao ano poderia acabar perdendo a 'mistica' que tem em volta do nome dele, seria comum ver ele lutando, sem contar que aumentaria as chances de derrota, o que comercialmente, não seria algo agradavel para o UFC.

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    Respostas
    1. O Anderson é um caso a parte, já que é o campeão. Mas não faz sentido deixar lutadores normais, por assim dizer, tanto tempo parados. Tem caras que simplesmente ficam na geladeira um tempão, sem motivo.

      Obrigado pelo comentário Helton, continue acompanhando.

      Excluir

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