quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Rampage com um pé na aposentadoria


Quinton "Rampage" Jackson, um dos lutadores mais populares da história do MMA, está no fim da carreira, é impossível negar isso. E o fator determinante nessa aposentadoria eminente nem é a sua idade, mas sim o desempenho que o americano vem demonstrando ultimamente. Um desempenho que deixou de ser de alto nível já faz um tempo. Rampage ainda tem salvação ou o futuro só lhe reserva sombra e água fresca? Eu acredito mais na segunda opção.

Uma coniciência infeliz que eu notei enquanto estudava para este artigo que escrevo, é que Rampage está lutando no mesmo nível de Maurício Shogun. E o triste é que nenhum dos dois está lutando em um nível minimamente decente para um evento como o UFC. Parece que os dois viraram escada para outros lutadores dos meio-pesados ganharem reputação. Você pode dar uma lida nos posts que fiz sobre o desempenho de Shogun para entender um pouco melhor, clicando AQUI e AQUI.

Desde que foi técnico do The Ultimate Fighter 10 ao lado do rival Rashad Evans, a única luta decente que Rampage fez, foi contra Lyoto Machida e mesmo assim boa parte do mundo do MMA, inclusive o próprio Rampage Jackson, acreditam que os juízes se equivocaram em não dar a vitória para o brasileiro. Tirando a luta contra Machida, o que dizer sobre as outras lutas de Rampage e como ele lutou?


Antes de enfrentar Lyoto Machida, Rampage fez um performance fraca contra o desafeto Rashad Evans. Esse último usou seu eficiente wrestling para minar completamente o jogo de Rampage, que foi dominado. O único momento de respeito de Quinton nesse combate, foi quando acertou um soco no final do combate em Rashad, que o levou a knockdown. Mesmo assim Evans garantiu a vitória e Rampage não demonstrou nada além de um único soco forte. 

Em seguida veio o combate contra Lyoto, que já foi comentado, e depois a luta contra Matt Hamill, que mesmo superando as dificuldades que a sua surdez proporciona, nunca foi um lutador acima da média.  Devido as lesões de Frankie Edgar e Gray Maynard, que fariam a disputa de cinturão na luta principal, essa luta de Rampage e Hamill acabou sendo promovida a luta principal e acabou se tornando um dos piores main events que eu já vi na vida. A luta foi tão tosca que eu não consigo lembrar de um único momento que valesse a pena mencionar. Rampage fez uma luta lenta demais contra Hamill, que retribuiu da mesma maneira e isso é tudo que me lembro. Foi uma vitória por pontos sofrida para Rampage e que mesmo assim lhe garantiu uma chance de disputar o cinturão de Jon Jones. 


Mais por falta de opção do que por mérito, Rampage enfrentou Jon Jones e durou mais do que eu esperava. O campeão respeitou os punhos de Quinton Jackson, mas isso não impediu que dominasse a luta da mesma maneira. Rampage conseguiu durar quatro rounds, oferecendo pouco perigo para jones, que acabou finalizando com um mata-leão. Logo depois da luta, ciente que seria um dos nomes mais fortes para o UFC que seria realizado no Japão em breve, Rampage começou a pedir por Shogun como adversário. Seu pedido não foi atendido e ao invés disso lutou contra Ryan Bader. Novamente Rampage ofereceu pouco perigo, com exceção de alguns socos fortes e um slam poderosos, que por algum momento pareceu que poderia ter virado a luta. Bader dominou Rampage, que mostrou uma de suas piores performances, extremamente lento e fora de forma, acima do limite de peso da categoria.

Chegamos então a luta desse fim de semana, que pra mim foi um repeteco das anteriores. Não em empolguei em nenhum momento da luta, que estava lenta tanto do lado de Rampage quanto de Glover, a diferença é que o brasileiro conseguiu manter a predominância no combate. Glover conseguiu aplicar uma queda em Rampage que nem um guri de colégio cairia.

Além de estar lutando pessimamente, Rampage começou com um discurso ridículo para um lutador de MMA. Ele exige que seus adversários aceitem a luta em pé e que não venham com essa de querer lutar no chão, porque ele não gosta. Porra Rampage, se você gosta só de luta em pé, vá para o kickboxing! Eu tenho certeza que um evento do porte do K1, adoraria ter um lutador como o americano em seu plantel. Exigir que os lutadores deixem de lado o seu jogo de chão, algo que em alguns é seu elemento principal, é inadmissível, porque é algo que faz parte do MMA. Quem não quer lutar no chão, deve treinar para não ser derrubado ou levantar rápido, não sair por ai pedindo penico.

Outra coisa que Rampage vem dizendo, é que o UFC paga pouco aos seus atletas e que ele merece ganahr mais pelo que faz. Em certo ponto eu concordo com Rampage, porque a bolsa de alguns lutadores é baixíssima e comparado ao boxe, até dos lutadores mais famosos não é tanto dinheiro assim. Considerando os riscos do esporte, é coerente pedir um aumento. Porém, não é o caso de Rampage pedir aumento, porque o americano virou saco de pancada e escada para lutadores ganharem respeito na categoria.

O jeito é fazer propaganda, porque lutar tá complicado.
A luta contra Glover foi a última do contrato de Rampage no UFC e ainda não dá para saber se o americano irá renovar ou não o contrato. Mas Rampage tem opções claras: assinar o contrato e continuar com o desempenho patético que vem apresentando, assinar e treinar decentemente para voltar a ser um lutador de respeito ou se aposentar e dedicar-se a carreira no cinema. Assim como como Maurício Shogun, hoje Rampage se tornou um lutador de baixo nível com status de estrela, mas todos sabemos que nome e fama não vencem nenhum combate. Se o americano ainda tem a pretenção de fazer algo de respeito no MMA, está na hora de treinar como se deve.

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2 comentários:

  1. Mto bom post... pra mim O Bronco e as colunas esporádicas do Nico Anfarri no blog Por dentro da Arena tem as melhores análises do MMA no Brasil hoje.
    Concordo que o Rampage é um ex lutador em atividade, mas e aí? Se o Glover Teixeira fosse mesmo essa "promessa do MMA nacional" teria feito coisa melhor nessa luta. Ele enfrentou um semi aposentado, era pra se esperar um knock out ou, no mínimo, 2 ou 3 rounds de 10x7 de contagem.
    Tb acho q não é legal ficar de choradeira por causa do jogo de chão, mas que é chato é... chato pra caralho, a ponto de eu mudar de canal quando vejo q um dos dois quer apelar pro jiu jitsu ou pro wrestling. Saudade demais do K1.

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    Respostas
    1. Justamente, o Glover não demonstrou uma performance tão boa quanto deveria. E quanto jogo de chão, eu gosto quando é algo fluído, não quando fica uma amarração só, aí é foda mesmo.

      Obrigado pelos elogios parceiro, continue acompanhando o blog. Abraço.

      Excluir

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