O UFC 143 tinha tudo para ser um dos eventos mais empolgantes dos últimos tempos, mas infelizmente nem tudo foi como o esperado. Poucas lutas foram realmente empolgantes, mas mesmo assim o evento nos ensinou muita coisa sobre MMA. E eu selecionei algumas das lições que aprendi.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Lições aprendidas no UFC 143
O UFC 143 tinha tudo para ser um dos eventos mais empolgantes dos últimos tempos, mas infelizmente nem tudo foi como o esperado. Poucas lutas foram realmente empolgantes, mas mesmo assim o evento nos ensinou muita coisa sobre MMA. E eu selecionei algumas das lições que aprendi.
Renan Barão precisa lutar pelo título
Não é nada exagerado dizer que Renan Barão é um dos melhores lutadores do mundo sem um cinturão. O potiguar acumula 28 vitórias seguidas em sua carreira, com apenas um no contest no meio delas. E vale bastante a pena ressaltar que a sua única derrota, que foi na primeira luta da carreira, foi um decisão dividida, portanto, uma luta equilibrada. No UFC 143, Barão enfrentou seu advesário mais duro até o momento, o americano Scott Jorgensen. Entretanto, mesmo com a luta equilibrada, Barão não teve dificuldades para vencer o americano que já foi desafiante de Dominick Cruz. O peso galo ainda pediu "Dana White! Eu quero o cinturão!". Acho que está na hora careca atender o pedido do brasileiro. Werdum, um cara de foco
Não vou bancar o hipócrita e dizer que sou fã de Fabrício Werdum, porque eu não sou e por vários motivos. Desde a sua declaração dizendo "eu surro o CIgano e o Brock Lesnar na mesma noite", a performance ridícula contra Alistair Overeem em junho passado e entrar ao som de Michel Teló no UFC 143, Werdum não é um cara alto em meu conceito. Mas eu tenho que admitir, ele mostrou uma evolução enorme e muita concentração contra Roy Nelson. A imensa habilidade no chão do brasileiro é notória, mas a sua evolução na luta em pé foi realmente supreendente. Fabrício respeitou os punhos de Roy Nelson, conhecido pela sua mão pesada e queixo duro, e tratou de usar a sua envergadura e um muay thai afiadíssimo para massacrar o gordinho. Mesmo não nocauteando, Werdum marcou presença em seu retorno ao UFC e mostrou ser capaz de se manter entre os tops da categoria.
Defenda-se, gordo!
Quem acompanha MMA, provavelmente conhece o gordinho Roy Nelson. O cara com a barriga mais proeminente da categoria, punhos de aço e queixo de pedra. Roy Nelson é um cara duro de vencer, mesmo que sua aparência indique ao contrário. E falando em aparência, quem viu a luta percebeu o quanto Nelson emagreceu nos últimos tempos. Mas o que preocupa é a sua defesa precária. Devido ao queixo duro, Nelson não dá muita atenção a sua defesa, permitindo que muitos golpes entrem. Essa foi a causa do estrago feito em seu rosto depois do combate com Werdum. A defesa precária de Nelson é o principal motivo dele ter perdido os últimos combates, em que os adversários conseguiram acertar a maioria dos golpes que desferiu e marcar muitos pontos. Já está na hora do gordinho melhorar os seus reflexos e sua técnica e passar a se defender direito.
Senhor Diaz, fale menos e faça mais
Nick Diaz é um dos maiores falastrões do MMA. Ele é o tipo de lutador que usa um jogo mental no adversário, provocando e desrespeitando o oponente ao máximo a fim de irritá-lo e fazer perder a concentração. Dessa maneira ele consegue abrir a guarda do oponente para aplicar o seu boxe eficaz. Mas no UFC 143, Nick Diaz provocou demais e fez de menos. Nick conseguiu baixar o moral de Condit e vencer tranquilamente os dois primeiros rounds, mas as provocações do bad boy começaram a aumentar muito a partir do terceiro e foi aí que a luta tomou outro rumo. Condit manteve a cabeça no lugar e quem começou a perder a concentração foi o próprio Nick Diaz, mais preocupado em atrapalhar a luta de Condit do que fazer a sua própria. Diaz é habilidoso o suficiente para usar mais os punhos do que a língua. Vamos ver se isso serviu de lição.
Não subestime Carlos Condit
O próprio Carlos Condit disse na entrevista coletiva após a luta: "Eu estou cansado de ser subestimado!". E com toda a razão. Essa com certeza foi a maior lição que o UFC 143 trouxe. Condit entrou como desafiante pelo cinturão quando Nick Diaz fez besteira e perdeu a sua chance de enfrentar Georges St Pierre. Então Diaz venceu BJ Penn e recuperou a chance, jogando Condit para escanteio. Então GSP lesionou-se e marcaram a luta entre Diaz e Condit. Todos esperavam a vitória de Diaz: a imprensa, os fãs, os especialistas, casas de apostas e até o campeão Georges St Pierre. Todos queriam ver Nick Diaz vencer e enfrenatr GSP. Mas Carlos Condit mostrou ao mundo que ele merece respeito. Não entrou no jogo mental de Nick Diaz, manteve seu plano de luta e venceu o combate com muitos méritos. Toda essa desvalorização de Condit não tem fundamento, pois ele é um excelente lutador, com poder de nocaute e técnica apurada, além de ter sido campeão do WEC e defendido o seu cinturão três vezes, antes do evento ser incorporado ao UFC. Está na hora do povo olhar Carlos com outros olhos.
E a vitória de Condit? É boa ou ruim?
Carlos Condit sem dúvida nenhuma mereceu o cinturão interino do UFC. O cara é um lutador muito bom, jovem e com uma carreira brilhante pela frente. Entretanto, em termos de marketing, o UFC saiu com uma derrota tremenda. Nick Diaz é um lutador polêmico e que gera muita audiência, além do duelo de Diaz e GSP ser um dos mais aguardados da história do MMA. Os dois lutadores tem uma vontade enorme de se enfrentar e até o cavalheiro canadense, GSP, rende-se a falação e as ofensas quando o assunto é Nick Diaz. É uma verdadeira relação de ódio, o que daria uma luta fantástica e com uma audiência recorde ao UFC.
Condit não é do tipo falastrão, não possui tanto carisma quanto Diaz ou GSP, esse último seu amigo pessoal. O fato de serem amigos e o bom jogo em pé de Condit, provavelmente forçariam GSP a levar a luta para o chão. As lutas no chão pdoem ser empolgantes, mas são raras. O público gosta de ver luta em pé. Condit contra GSP com certeza não seria emocionante como Diaz e GSP. Carlos ganhou, mas os fãs não. E nem o UFC. Mesmo assim eu torço pela carreira de Condit, porque ele é um lutador excepcional.
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5 comentários:
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Bom post, a luta que eu mais gostei foi do Renan mesmo... Werdum é... tosco, não consigo odiá-lo, mas também não gosto dele. Acho um bom lutador (demonstrou evolução na luta contro o Roy) mas mal-orientado ou mal-assessorado. Acho que no fim das contas ele deve ser uma boa pessoa. Só devia falar menos e lutar mais. :P
ResponderExcluirConcordo plenamente.
ExcluirCara, acompanho seu site quase diariamente, e está ficando ainda melhor com as postagens mais frequentes. Só um toque: ali na parte de "nao subestime CC", mude "manteu" por "manteve".
ResponderExcluirValeu
Acho que você foi meio equivocado em alguns comentários hein Bronco...
ResponderExcluirO Diaz não é falastrão, quando é que você já viu ele falando mal de alguém tipo o Sonnen ou o Bisping, esses caras ai são falastrões por que na hora da luta não fazem é nada contra os adversários um tem mãos de alface e outro de bichinhos de pelúcia fora que os mesmos nunca nocauteiam ou finalizam ninguém, agora com o Diaz a história é outra, o cara tem queixo de granito, um ótimo boxe e BJJ e dificilmente não finaliza uma luta.
Se quiser defini-lo como provocador tudo bem, mas falastrão não...
Não concordo com você. Diaz faz questão de desrespeitar os adversários e fala mal de todo mundo sim. Sem contar que ele nunca admitiu uma derrota, prova que o ego dele é forte. Ele é um grande lutador? Com certeza absoluta, é um dos melhores meio-médios da história. Mas ele fala demais.
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